Até dezembro de 2020, o pagamento do 13º salário poderá injetar na economia brasileira cerca de R$ 215 bilhões. O valor representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos, aos beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 80 milhões de brasileiros serão favorecidos com rendimento adicional, em média, de R$ 2.458. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Para o Rio Grande do Sul, a projeção é que sejam injetados R$ 13,8 bilhões na economia. O valor representa aproximadamente 6,4% do total do Brasil e 38,2% da região Sul. Os recursos pagos representam em torno de 2,7% do PIB estadual. O contingente de pessoas no estado que receberá o décimo terceiro é estimado em mais de 5,4 milhões, o equivalente a 7% do total que terá acesso ao benefício no Brasil.
Em relação a distribuição dos valores a serem recebidos para cada segmento, 61,4% vão para os assalariados do setor público e privado, que deverão receber cerca de R$ 8,5 bilhões, e 25,8% para os beneficiários do INSS, no valor de R$ 3,6 bilhões. Para os aposentados e pensionistas do estado que pertencem ao Regime Próprio, serão 9,5% (R$ 1,3 bilhão), enquanto os aposentados e pensionistas dos municípios também vinculados ao Regime Próprio receberão 2,5% (R$ 346 milhões). Aos empregados domésticos serão destinados 0,9% ou R$ 119,4 milhões. O Rio Grande do Sul registra valor médio para o rendimento de R$ 2.217,83.
Em âmbito nacional a parcela mais expressiva do 13º salário (48,5%) deve ser paga nos estados do Sudeste, o que reflete a maior capacidade econômica da região que concentra a maioria dos empregos formais, aposentados e pensionistas. No Sul do país devem ser pagos 16,8% do montante, enquanto o Nordeste receberá 15,4%. Já as regiões Centro-Oeste e Norte receberão, respectivamente, 8,4% e 4,7%. Importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União ficarão com 4,7% do montante e podem estar em qualquer região do país.
Do montante a ser pago como 13º, aproximadamente R$ 141 bilhões, ou 65,5% do total, vão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 34,5% dos R$ 215,6 bilhões, ou seja, cerca de R$ 74,4 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas. Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 30,8 milhões de pessoas que receberam o valor de R$ 43,2 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União caberá o equivalente a R$ 13 bilhões (6,1%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 14 bilhões (6,5%); e R$ 4 bilhões serão destinados aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios.
Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2020, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério da Economia. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O levantamento completo pode ser conferido aqui.
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Edição: Marcelo Ferreira