Rio de Janeiro

Volta às aulas

Doze escolas que retomaram aulas presenciais no Rio têm casos de covid-19

Sindicato dos Professores denunciou falta de estrutura, assédio moral e ameaça a profissionais do grupo de risco

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Disputas judiciais estão por trás das idas e vindas sobre decisão de autorizar retorno de aulas presenciais - Reprodução

Pelo menos 12 escolas da capital fluminense que retomaram as aulas presenciais têm casos de covid-19, segundo denúncias recebidas pelo Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro Rio). Os relatos partiram de professores e de familiares e também apontam para a falta de condições de trabalho em escolas particulares desde que a Justiça autorizou a abertura das instituições.

Leia mais: Justiça autoriza retorno das aulas em escolas privadas do Rio de Janeiro

As escolas com casos suspeitos ou confirmados de covid-19 são Santo Inácio, Centro Educacional da Lagoa (Cel, unidade Barra), Escola Parque (Barra), Colégio QI, Corcovado, Teresiano, Suíço-Brasileiro, Escola Americana, Eleva, MOPI, Barilan e Santo Agostinho.

As denúncias vão desde assédio moral até a falta de equipamentos básicos, como máscaras e álcool em gel, passando por aglomerações nas escolas, uso compartilhado de materiais e brinquedos, falta de testes, ocultação de casos de covid-19 ocorridos nas escolas, entre tantas outras.

Leia também: Governo do Rio determina que alunos da rede estadual não podem ser reprovados

O Sindicato tem recebido também denúncias de escolas ameaçando com demissão professores e professoras do grupo de risco ou que moram com parentes do grupo de risco. "São profissionais amparados por decisão judicial para que continuem seu trabalho de forma remota", afirmou o Sinpro Rio, em nota.

"Reafirmamos que tal situação era de fácil previsão, pois sempre afirmamos que as escolas particulares não tinham condições de garantir todos os protocolos de segurança e, por isso, estamos em greve pela vida desde o dia 4 de julho", acrescentou o Sinpro Rio.

Edição: Eduardo Miranda