Rio de Janeiro

Reparação

Justiça nega pedido do Flamengo para suspender pensão por incêndio em Ninho do Urubu

Em decisão, juíza afirma que acordo do clube com familiares das vítimas do incêndio "não altera o curso da demanda"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Ninho do Urubu
Incêndio aconteceu na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019 e deixou 10 adolescentes mortos - Tomaz Silva/Agência Brasil

A Justiça do Rio de Janeiro negou recurso do Clube de Regatas do Flamengo que pedia a suspensão do pagamento de R$ 10 mil por mês para as famílias de vítimas da tragédia do Ninho do Urubu. Em decisão na última sexta-feira (21), a juíza Bianca Ferreira Nigri, da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, afirmou que “o fato de ter o réu, segundo afirma, realizado acordos com parte das famílias dos menores vitimados no incêndio, nada altera o curso da demanda”.

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A pensão aos familiares foi fixada a pedido da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DP-RJ) e pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ). O valor, definido em dezembro de 2019, já havia sido alvo de recurso do Flamengo. A decisão da Justiça ressalta que o pagamento visa a recomposição financeira das famílias até futura decisão judicial. O clube poderá pagar multa diária de R$ 1 mil para cada beneficiário caso descumpra a determinação.

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O incêndio no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, localizado em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, provocou a morte de 10 jovens atletas entre 14 e 16 anos. Na época, um dos sobreviventes descreveu o início do incêndio dentro do seu quarto: "O incêndio começou no meu quarto. O ar-condicionado começou a pegar fogo e eu saí correndo. Graças a Deus consegui correr e estou vivo", disse Felipe Cardoso, do time sub-17 em entrevista ao site "Coluna do Flamengo".

 
 

Edição: Eduardo Miranda