Rio de Janeiro

Contágio

Transmissão de covid-19 aumenta na cidade do Rio, segundo estudo da UFRJ

No estado, a região Metropolitana, Niterói, região Centro Sul e região Noroeste também apresentaram crescimento

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Niterói RJ
De acordo com o estudo, a cidade do Rio está na faixa "amarela" - considerada risco moderado de contaminação - Jaqueline Deister

A transmissão da covid-19 na cidade do Rio de Janeiro aumentou na última semana, se comparada a anterior. É o que aponta o estudo do Grupo de Trabalho Multidisciplinar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo levantamento, o valor "R", calculado por pesquisadores no estudo para determinar a taxa de contaminação, passou de 1,14 para 1,18. O indicador aponta que de 100 pessoas contaminadas que saem nas ruas, outras 118 podem ser contaminadas.

De acordo com o estudo, a cidade do Rio está na faixa "amarela" - considerada risco moderado de contaminação. Com o aumento do “R”, a cidade se aproximou ainda mais da zona “laranja quando” o risco de contágio se torna alto. Os pesquisadores da UFRJ consideram que uma região está com o risco alto quando a taxa "R" ultrapassa 1,2.

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O estudo aponta ainda que outras cinco taxas apresentaram aumento em relação à semana anterior no estado: a região Metropolitana (quando se considera a capital do estado ou não), Niterói, região Centro Sul e região Noroeste.

Se mantiveram sem alteração a região Metropolitana II, a Baía de Ilha Grande e as regiões Norte e Serrana. Houve queda na taxa de contaminação no número geral do estado do Rio, na Baixada Litorânea e no Médio Paraíba.

O cálculo do “R” é realizado a partir das antenas de celulares que captam a movimentação dos aparelhos e, consequentemente, das pessoas na cidade. Com o cruzamento de dados da rede e os números reportados de casos confirmados os pesquisadores chegam ao "R". 

Taxa mundial

Um levantamento do grupo Covid-19 Analytics, formado por professores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que se o estado do Rio fosse um país, ficaria em segundo lugar no número de mortes por milhão de habitantes. Isso quer dizer que se posicionaria atrás apenas de San Marino, na Europa. São Paulo é outro estado que aparece ranking, ocupando a sétima posição.

Na última segunda-feira (24), o estado do Rio voltou a apresentar um crescimento da média móvel de mortes, com 118 óbitos diários. No acumulado, o estado registra 15.392 óbitos e 211.360 casos, segundo o Painel Coronavírus do governo do estadual. 

Edição: Mariana Pitasse