Rio Grande do Sul

PANDEMIA

Entidades projetam mensagens em defesa da testagem para trabalhadores da Saúde

Ação realizada em diferentes pontos de Porto Alegre antecipa a mediação no TRF-4 que ocorre hoje sobre ampla testagem

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Campanha tem objetivo de dar visibilidade ao tema junto à população - Sindisaude-RS e Aserghc

A testagem em massa para os trabalhadores da Saúde tem sido uma cobrança recorrente por parte de entidades que representam os trabalhadores que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Na noite desta quarta-feira (19), o Sindisaúde-RS e a Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (Aserghc) realizaram em Porto Alegre uma ação conjunta de projeção de mensagens em defesa do SUS e de “testagem já” para todos trabalhadores da Saúde.

Confirme o boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde, de 19 de agosto, já foram confirmados 257,1 mil casos de covid-19 entre profissionais da Saúde em todo o Brasil, dos quais 277 evoluíram a óbito.

As projeções, feitas na Rua dos Andradas, na Av. Osvaldo Aranha e no Viaduto Obirici, antecipam a importante mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) que ocorre nesta quinta-feira (20). A ação foi movida pela Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) e a Federação de Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Fessers) e cobra a ampliação de medidas de segurança aos trabalhadores.

O sindicato e a associação têm recebido cada vez mais denúncias de trabalhadores em situação de risco que não conseguem obter o teste dentro da instituição. As entidades afirmam que, mesmo apresentando sintomas da doença ou compartilhando áreas com profissionais positivados para o vírus e recém testados, as gestões negam a realização do teste. No GHC, por exemplo, grande parte dos servidores recorre à Central de Triagem, voltada para a população, em busca de testagem e acolhimento para enfrentar a situação de vulnerabilidade e tensão psicológica.

A ação judicial no TRF-4 requer o fornecimento da quantidade de testes do tipo PCR, com resultado confiável em 24 horas, e não apenas o teste rápido com baixo índice de confiabilidade, necessários para testagem ampla e irrestrita no mínimo de forma quinzenal aos trabalhadores; e manutenção, de forma obrigatória, do abastecimento dos itens de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e sanitizantes necessários a todos os trabalhadores envolvidos no atendimento a potenciais casos de coronavírus.

Edição: Marcelo Ferreira