Rio de Janeiro

Desrespeito

Governo do Rio contraria decisão judicial e fecha três hospitais de campanha

Segundo a Secretária de Estado de Saúde, serão fechadas as unidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Nova Friburgo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
As unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana, não chegaram a ser inaguradas - Mauricio Bazilio/Governo do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) contrariou a decisão judicial da juíza Neusa Regina Larsen de Alvarenga Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública, para que o governo estadual mantivesse todos os leitos dos hospitais de campanha em operação e fechou três hospitais de campanha. 

A juíza determinou que o estado do Rio cumprisse o estabelecido em maio pela 25ª Câmara Civil, de segunda instância, que obrigava a RioSaúde, empresa municipal de saúde e a organização social (OS) Iabas a colocar em funcionamento todos os leitos de síndrome respiratória aguda em hospitais de campanha da cidade.

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De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o cronograma de desmobilização das unidades será mantido. Segundo o órgão, serão fechadas as unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana, que não foram inauguradas.

Na última segunda-feira (3), o Brasil de Fato noticiou a decisão judicial que obrigava o estado do Rio a manter em funcionamento os hospitais de campanha. À reportagem, a SES informou no início da semana que os hospitais de campanha de São Gonçalo e Maracanã estão abertos e que no momento as unidades estão sem pacientes devido à disponibilidade de vagas para atendimento de pacientes com covid-19 em unidades regulares da rede estadual. De acordo com a SES, a decisão do TJ-RJ não se estende às unidades de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Nova Friburgo.

Edição: Jaqueline Deister