Rio de Janeiro

Ligue 180

Pelo fim da violência doméstica, artistas fazem apresentações nesta quinta-feira (7)

Campanha Maio pela Vida das Mulheres é organizada nas redes sociais; apresentações acontecem via Instagram

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Organizada pelos movimentos feministas e de mulheres do Rio de Janeiro, a campanha tem o objetivo de dar visibilidade aos canais de denúncias de violência doméstica - Divulgação

Nesta quinta-feira (7), uma série de lives com artistas e movimentos culturais acontece como parte da campanha Maio pela Vida das Mulheres nas redes sociais. Organizada pelos movimentos feministas e de mulheres do Rio de Janeiro, a campanha tem o objetivo de dar visibilidade aos canais de denúncias de violência doméstica diante da percepção do aumento dos casos contra mulheres e crianças durante a quarentena do coronavírus. Na programação estão previstas apresentações de Flávia Muniz, MC Carol, Slam das Minas, Marina Íris e Zélia Duncan, entre outras artistas.

Por todo Brasil, os registros de violência doméstica dispararam. Só no Rio de Janeiro, segundo dados do plantão da Justiça, os casos aumentaram em 50%. Além de alertar sobre os números, a campanha também tem a finalidade de construir uma rede de solidariedade entre as mulheres; pressionar aos poderes públicos (governos municipais, estaduais e federais) a aprovarem e implementarem os projetos de lei que visam à proteção de mulheres em situação de violência doméstica durante a pandemia; o mapeamento de iniciativas de amparo às mulheres; e a divulgação de números de instituições públicas e serviços de proteção para que mais mulheres saibam a quem recorrer em caso de violência.

Sobre a campanha

A crise econômica, agravada pela covid-19, chama atenção do mundo para as desigualdades sociais, raciais e de gênero. Os efeitos sociais da pandemia são sentidos principalmente pelas mulheres trabalhadoras.

"Além do home office ou de estarem na linha de frente dos serviços essenciais que não pararam, como os de saúde ou limpeza, as mulheres são responsabilizadas também pelas tarefas domésticas, cuidados com crianças e idosos. Essa situação afeta particularmente as mulheres negras e pobres, que já sofriam mais com o desemprego e a informalidade. Mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais convivem com a precariedade devido à expulsão de seus núcleos familiares e muitas estão em situação de rua. Mulheres com deficiência, que já sofriam com o isolamento, estão ainda mais vulneráveis à violência agora", alerta o texto de divulgação do evento.

"Isoladas, mas unidas, faremos uma grande e corajosa rede para estimular a denúncia da violência, mapear iniciativas e locais de amparo à mulheres em vulnerabilidade, exigir ações emergenciais dos governos e nos ampararmos. Nenhuma de nós está sozinha!", conclui a nota.

Confira a programação:

17h - Flávia Muniz, cantora @flamphs
17h30 - MC Carol DallFarra @mcdallfarra
18h -Renata Correa, escritora e cineasta feminista @recorrea
18h30 - Clara Averburck, escritora e jornalista feminista @caverbuck
19h - Slam das Minas (@slamdasminasrj)
19h30 - DJ Drika (@drikalizando)
20h - Marina Íris com participação de Zélia Duncan (@marina_iris)
20h30 - Ana Costa (@anacostaoficial)
21h - Duda Oliva @cantaduda
21h30 - Dandara Vital @dandara.vital


As apresentações acontecem nas páginas do Instagram das artistas listados acima

Edição: Mariana Pitasse