Rio Grande do Sul

Denúncia

Ugeirm denuncia descumprimento sobre retirada de presos de delegacias

Em nota entidade cobra explicações do governo estadual sobre não cumprimento de decisão judicial

Sul 21 | Porto Alegre |
Para Ugeirm manutenção de presos em situação inadequada em delegacias. - Divulgação

O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm) divulgou nesta segunda-feira (27) uma nota cobrando o governo Eduardo Leite (PSDB) pelo não cumprimento de uma decisão judicial que ordenou, em março, a retirada dos presos de todas as delegacias de polícia do Estado.

Acatando pedido liminar da Ugeirm, o Tribunal de Justiça deu ao governo o prazo de até 24 de março para a retirada de presos das carceragens. Nesta data, o governo iniciou o processo e, segundo o sindicato, acabou praticamente zerando as celas das delegacias.

No entanto, o sindicato denuncia que logo em seguida, no início de abril, o Estado voltou a utilizar as carceragens por falta de vagas no sistema prisional. Segundo a Ugeirm, nesta segunda-feira (27), ao menos 40 presos ocupavam celas de delegacias na Região Metropolitana de Porto Alegre, sendo que, durante o final de semana, apenas a Delegacia Policial de Pronto Atendimento de Canoas abrigava 27 detentos, de acordo com as contas da entidade. “As celas estavam completamente lotadas, assim com a Triagem de presos. Novos detidos que chegavam à delegacia eram encaminhados para o pátio da DPPA”, denuncia o sindicato em nota.

A Ugeirm afirma que a manutenção de presos em situação inadequada em delegacias, um problema que o sindicato vem denunciando constantemente desde 2015, torna-se ainda mais grave no momento em razão da pandemia do novo coronavírus, aumentando o risco de contágio para os policiais, presos e o restante da sociedade.

“A Ugeirm vai cobrar e exigir que o Judiciário se pronuncie e tome providências. Garantir a saúde e a vida dos policiais Civis é contribuir no combate à Pandemia de Coronavírus. Nesse momento, não podemos correr o risco de termos Policiais afastados por causa da COVID-19, pois quem paga a conta é a população gaúcha”, diz o vice-presidente da entidade, Fábio Castro.

Edição: Sul 21