Queda de braço

Crivella ensaia reabrir comércio e Witzel prepara decreto para desautorizar medida

A tentativa do prefeito do Rio de afrouxar a quarentena acontece no dia seguinte ao pronunciamento do Bolsonaro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
marcelo crivella
rio de janeiro coronavirus
Crivella se contradiz e tenta atender pedido do presidente para "voltar à normalidade" - Fernando Frazão/ Agência Brasil

Após o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), declarar nas redes sociais, na tarde desta quarta-feira (25), que vai reabrir gradualmente o comércio da cidade, o governador Wilson Witzel (PSC) prepara decreto para desautorizar a medida. 

Segundo noticiou O Globo, o governador vai justificar a medida com base na sua competência de disciplinar sobre os procedimentos a serem adotados na região metropolitana no combate ao coronavírus. 

A tentativa de Crivella de afrouxar as regras da quarentena acontece após pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite da última terça (24). Nele, o presidente afirmou que a covid-19 é uma "gripezinha" e que a população deveria "voltar a normalidade".

 "A partir de sexta (27), começaremos a abrir, aos poucos, alguns comércios, como lojas de material de construção e lojas de conveniência (postos de gasolina). Mas vamos conscientizar a população de que não poderá haver aglomeração", disse Crivella em sua conta do Twiiter nesta quarta (25). 

O anúncio de Crivella vai de encontro com o que ele mesmo havia afirmado mais cedo nesta quarta (25). Em entrevista coletiva, o prefeito afirmou que a cidade manteria o isolamento pelos próximos 15 dias. A fala de Crivella também contraria a decisão do governador Wilson Witzel (PSC) de manter a quarentena total. 

O governador usou as redes sociais nesta quarta (25) para ratificar a importância da população manter a quarentena. “Peço mais uma vez ao povo fluminense: fique em casa. Siga as recomendações. Não queremos acabar com as empresas, exterminar empregos. Queremos preservar vidas”, disse.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse