Rio Grande do Sul

RECONHECIMENTO

Governo gaúcho reconhece relevância cultural das feiras ecológicas da Redenção

Feiras orgânicas que acontecem há 30 anos nas manhãs de sábado em Porto Alegre são valorizadas e homenageadas

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Atualmente, a feira conta com 138 bancas e mais de 300 pessoas na venda direta, todas com produtos 100% orgânicos e certificados
Atualmente, a feira conta com 138 bancas e mais de 300 pessoas na venda direta, todas com produtos 100% orgânicos e certificados - Foto: Feira dos Agricultores Ecologistas/Facebook

A Feira Ecológica da Redenção, que há 30 anos comercializa alimentos orgânicos na Avenida José Bonifácio, em Porto Alegre, proporcionando a comercialização direta entre produtores e consumidores, foi reconhecida como de relevante interesse cultural do Estado do Rio Grande do Sul. O Projeto de Lei 416/2015, do deputado Edegar Pretto (PT), que reconhece e fortalece a cultura das feiras ecológicas e o trabalho na produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, foi sancionado em ato realizado nessa quarta-feira (26), no Palácio Piraniti.

O reconhecimento da feira como de relevante interesse cultural do Estado serve para estimular a cultura em suas múltiplas manifestações, permitindo que os governos municipal, estadual e federal possam apoiar, investir e incentivar a produção e a difusão de manifestações culturais no espaço. A Feira Ecológica da Redenção foi a primeira feira de agricultores ecológicos do país, e é considerada a maior da feira ecológica a céu aberto da América Latina. Atualmente, as duas quadras onde funciona a feira somam 138 bancas e mais de 300 pessoas na venda direta, todas com produtos 100% orgânicos e certificados. Seu modelo inspirou outros locais a também implantarem feiras semelhantes. Somente em Porto Alegre são cerca de 35 feiras orgânicas que funcionam todas as semanas em diversos pontos da capital.

“Essa lei é uma forma de homenagear, em nome do Parlamento, os feirantes que, com tanto sacrifício, há tantos anos, sonharam que era possível se viabilizar economicamente e transformar a feira ecológica nesse espaço nobre de Porto Alegre, onde se encontram produtores e consumidores. Essa é a agricultura de precisão, que respeita o meio ambiente, que respeita a terra, não só suga, retira, mas devolve a ela os cuidados que ela precisa ter, e ainda garante aos milhares de consumidores que ali se abastecem alimentação que é sinônimo de saúde, e não doença”, destacou Edgar Pretto durante o de oficialização.

“A sanção ajuda a consolidar uma marca, um selo. O efeito que tem um projeto consagrado pelos deputados e sancionado como lei reconhece a relevância que adquiriu uma iniciativa, e que pode ter ainda mais benefícios na medida em que está declarada como de interesse do ponto de vista cultural, ajudando a melhorar políticas públicas que deem o devido valor às pessoas que se engajam nessas lutas”, explicou o governador do Estado.

Solenidade do reconhecimento no Palácio Piratini / Foto: Leandro Molina 

Na solenidade de assinatura a Associação Agroecológica (que hoje faz a gestão anteriormente realizada pela Coolmeia) foi representada pela sua vice coordenadora Franciele Bellé. A FAE também esteve presente através da Marcia Riva, pela comissão da feira, e do agricultor Jeferson Pontel, da Aecia. Representando a FEBF estiveram os feirantes Rafael Hilário, Shiva Ruiz Tagle Braga, Henrique Oliveira Strehl e Paulo Sergio Ludwig.

* Com informações da Página da Associação Agroecológica e da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

Edição: Marcelo Ferreira