Rio de Janeiro

PROCESSO

Governo do Rio pode exonerar professor pesquisado por suspeito de matar Marielle

Secretaria de Educação abriu processo para investigar as faltas do docente que deixou o Rio por motivos de segurança

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Pedro Mara é professor de sociologia, doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e diretor do CIEP 210, em Belford Roxo
Pedro Mara é professor de sociologia, doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e diretor do CIEP 210, em Belford Roxo - Reprodução

Após ter o nome pesquisado na internet por Ronnie Lessa, um dos suspeitos de matar Marielle Franco e Anderson Gomes,  e deixar a cidade do Rio de Janeiro, o professor da rede estadual do Rio de Janeiro Pedro Mara pode ser exonerado do cargo. A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) abriu um processo para exonerar o docente por conta de faltas nos últimos dias.

Pedro Mara saiu do Rio de Janeiro há algumas semanas por recomendações de segurança.A decisão foi tomada depois de que o professor soube que seu nome consta no relatório de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por ter tido sua vida pesquisada e monitorada pelo sargento reformado da PM, Ronnie Lessa.

A Seeduc abriu processo para exonerar o professor, justamente por conta de faltas nos últimos dias. No entanto, o afastamento do docente da cidade foi motivado por um protocolo de segurança. Apesar de ter sido notificada formalmente pelo deputado Flavio Serafini (PSOL), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa; pela deputada Renata Souza (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos; e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a secretaria resolveu abrir processo de exoneração por abandono de cargo por faltas.

O secretário de Educação, Pedro Fernandes, afirmou ao jornal O Globo que o professor terá o direito de apresentar suas alegações no processo administrativo e que não receberá tratamento diferenciado. Pedro Mara é professor de sociologia, doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e diretor do CIEP 210, escola da periferia de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio. 

Edição: Mariana Pitasse