BALANÇO

No 3º dia de Marcha, militantes denunciam desemprego e se aproximam de Brasília

As Colunas Prestes, Tereza de Benguela e Ligas Camponesas seguem atravessando o centro-oeste pedindo Lula Livre

Brasil de Fato | São Paulo |
Coluna Liga Camponesas rumo a Sobradinho (DF) na manhã deste domingo (12)
Coluna Liga Camponesas rumo a Sobradinho (DF) na manhã deste domingo (12) - Julia Dolce

Tereza de Benguela, Ligas Camponesas e a Coluna Prestes marcharam firmes na manhã deste domingo pelas estradas do centro-oeste. As três colunas da Marcha Nacional Lula Livre, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina, estão cada vez mais próximas de seu destino: Brasília. 

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Os manifestantes devem chegar na capital na terça-feira (14), e na quarta-feira (15) irão fazer um grande ato para protocolar suas demandas de um julgamento justo para Luiz Inácio Lula da Silva junto ao Superior Tribunal Federal (STF). Neste 3º dia de marcha, o genocídio da população negra e a morte da vereadora Marielle Franco, que completou 151 dias, também foram temas de palavras de ordem durante a caminhada. 

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São cerca de cinco mil manifestantes, marchando cerca de dez quilômetros por dia até chegar à capital federal. A Coluna Tereza de Benguela, batizada com o nome de uma liderança quilombola, iniciou o 3º dia de marcha, saindo da cidade de Samambaia (DF) e está agora entre Taguatinga e Riacho Fundo.

Pela tarde, a Coluna realizou debates de formação sobre a conjuntura política atual, explica Ayala Ferreira, integrante da direção nacional do MST. “É um momento de crise, que tem afetado a vida de todas as pessoas, sobretudo, da classe trabalhadora. Então, vamos fazer um momento de estudo coletivo com todas as delegações dos sete estados”, afirma.

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À noite, a atividade principal da coluna Tereza de Benguela é o Cinema da Terra, com exibição de um filme no local do acampamento. A coluna reúne cerca de mil militantes dos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, Pará e Distrito Federal.

Já a Ligas Camponesas, que batiza os movimentos camponeses dos anos 1940, 1950 e 1960, deixou Planaltina e chegou nesta tarde em Sobradinho (DF). A Coluna Prestes, que lembra de Luís Carlos Prestes e sua coluna militante da década de 1920, saiu de Valparaíso, onde fez uma doação de alimentos agroecológicos, denunciando o aumento do custo de vida dos trabalhadores após o golpe de 2016, e chegou em Santa Maria.

As colunas começam sua marcha cedo e terminam por volta da 13h. Após um almoço reforçado, o cronograma é de debates, formação política e atividades culturais. Para além da questão da liberdade de Lula, os manifestantes também pautam a agroecologia, a reforma agrária, o temor da volta da fome e o retorno ao desemprego.
 

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