Rio de Janeiro

Impunidade

Presos dois ex-agentes públicos suspeitos de participação na morte de Marielle

Alan Nougueira e Luís Barbosa são acusados de integrar a quadrilha do miliciano Orlando de Curicica

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A investigação do caso Marielle segue sob sigilo, a vereadora carioca foi executada em março deste ano junto com seu motoristas, Anderson
A investigação do caso Marielle segue sob sigilo, a vereadora carioca foi executada em março deste ano junto com seu motoristas, Anderson - Mídia NINJA

Dois homens que podem ter participação na execução da vereadora Marielle Franco em março foram presos hoje pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. Os dois ex-agentes públicos, Alan de Moraes Nougueira (ex-policial militar) e Luís Cláudio Ferreira Barbosa (ex-bombeiro militar) são acusados de assassinar dois homens em fevereiro do ano passado. A ordem da execução teria vindo do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.

Os ex-agentes e os homens assassinados faziam parte de um mesmo grupo liderado por Orlando de Curicica que está preso por sua atuação a frente da quadrilha e também foi denunciado pelo homicídio de Marielle e Anderson. A DH chegou até os suspeitos graças ao depoimento de um homem que teria integrado a quadrilha, mas que deixou o grupo e passou a denunciar as atividades em troca de proteção policial.

Essa testemunha afirma que os ex-agentes participaram da morte da ex-vereadora. Como a investigação do caso Marielle segue sob sigilo, o delegado William Batista não disse qual a alegada participação deles no crime. A mesma pessoa teria presenciado Orlando e o vereador Marcelo Siciliano combinando a morte de Marielle porque a vereadora estaria atrapalhando as atividades da milícia em comunidades do Rio de Janeiro. Ambos negam participação no caso.

O advogado de Moraes Nougueira negou que seu cliente tenha cometido qualquer crime. Já Ferreira Barbosa não tinha nenhum advogado presente na DH nesta manhã. Os dois tiveram a sua prisão temporária expedida pela justiça e serão ouvidos por diversos delegados, sobre o caso Marielle e o envolvimento em outros crimes cometidos pela quadrilha.

Edição: Brasil de Fato RJ