Rio de Janeiro

GREVE

Motoristas e cobradores suspendem paralisação mas mantém estado de greve no Rio

Rodoviários aguardam posicionamento de Crivella sobre regulamentação da lei que proíbe o fim da dupla função

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Os rodoviários aceitaram a proposta de recomposição salarial de 7% e o aumento de 50% do valor das cestas básicas
Os rodoviários aceitaram a proposta de recomposição salarial de 7% e o aumento de 50% do valor das cestas básicas - Fernando Frazão/ Agência Brasil

Motoristas e cobradores de ônibus do Rio decidiram suspender a paralisação, mas não a greve, após uma assembleia realizada na noite desta segunda-feira (11)  no Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb). A categoria aceitou parte das negociações apresentadas pela Prefeitura do Rio, mas ainda aguarda um posicionamento do prefeito Marcelo Crivella (PRB) sobre a regulamentação da lei que determina o fim da dupla função de motorista e cobrador no município.

Os rodoviários aceitaram a proposta de recomposição salarial de 7% (eles estavam pedindo originalmente 10%) e o aumento de 50% do valor das cestas básicas, que passaram de R$ 200 para R$ 300. No entanto, voltam a se reunir nesta terça-feira (12) para definir os rumos do movimento no que diz respeito ao fim do acúmulo de função de motorista e cobrador.

A lei que determina o fim da dupla função, que tem projeto de autoria do vereador Reimont (PT), foi aprovada pela Câmara dos Vereadores e sancionada por Crivella em dezembro do ano passado, mas ainda não foi regulamentada, ou seja, não começou a vigorar na prática. Os rodoviários estão reivindicando que o prefeito assine um decreto de regulamentação para obrigar as empresas de ônibus a implementar a lei. O prefeito Marcelo Crivella tem 24 horas para dar retorno aos rodoviários, que ainda estão em estado de greve.

O estado de greve é uma espécie de alerta para uma possível paralisação parcial ou total dos trabalhos, ou seja, os rodoviários estão em estado de alerta e não excluem a possibilidade de novas paralisações caso Crivella não se posicione quanto a regulamentação da lei que proíbe a dupla função.

Edição: Mariana Pitasse