Rio de Janeiro

LULA

Além de uma ideia

"A liberdade do presidente é a garantia do bom ordenamento democrático em nosso país"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Em 1° de maio histórico em Curitiba, multidão vai às ruas para pedir Lula livre
Em 1° de maio histórico em Curitiba, multidão vai às ruas para pedir Lula livre - Ricardo Stuckert

Antes de se tornar um preso político em Curitiba, o presidente Lula gravou mais uma vez suas palavras na História, ao dizer que não era mais humano, e sim uma ideia. Mas devemos ir além do lirismo e da potência de suas palavras. Na conturbada e complexa conjuntura na qual nos encontramos hoje, Lula tornou-se também um conceito político.

São sinônimos do “conceito Lula” a erradicação da miséria, o acesso de milhões de jovens pobres a universidades públicas e privadas, a geração de emprego e renda, a criação do Bolsa Família, a redução da taxa básica de juros, a inserção do Brasil entre as oito maiores economias do mundo, o aumento das exportações e do superávit primário, entre outras coisas.

Mas é preciso salientar, sobretudo, que o presidente Lula representa para milhões de brasileiros a esperança de que a vida pode ser melhor. Representa a certeza de que a filha da empregada doméstica e do pedreiro pode ser doutora, ou o que mais ela quiser ser. Lula fez o brasileiro simples, honesto e trabalhador sentir ainda mais orgulho de quem é e de onde nasceu.

Nesse sentido, o grito “Lula livre!” não deve corresponder ao simples desejo da esquerda. A liberdade do presidente é a garantia do bom ordenamento democrático em nosso país. Por um motivo bem simples: seu julgamento tem sido até aqui marcado pela exceção. A prisão do maior e mais popular presidente que o Brasil já teve não atende senão aos interesses imediatos dos representantes do atraso da nossa política.

Os detratores de Lula não têm um projeto de país que atenda a todos os brasileiros. Seus interesses são sempre econômicos e privados. Enriquecem vendendo o Brasil a um preço irrisório. A favor dos mais pobres temos que os conceitos, assim como as ideias, não morrem. Já vimos que um outro Brasil, mais justo, é possível. Assim, toda vez que fazemos ressoar “Lula livre”, é de um desejo de justiça muito maior que estamos falando. O de um Brasil livre.

*Verônica Lima começou sua trajetória política no movimento estudantil e foi a primeira vereadora negra eleita da história de Niterói. Já atuou também como Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos na cidade. Atualmente, ela trabalha em seu segundo mandato de vereadora com o compromisso de defender os direitos humanos e das mulheres, além de fortalecer as políticas públicas de assistência social. 

Edição: Brasil de Fato RJ