EDUCAÇÃO

Alunos, professores e funcionários protestam contra abandono da UERJ, no Rio

Governo do estado não paga salários e bolsas há quase dois meses, sem contar falta de verbas para manutenção  

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Foram mais de 3 mil pessoas reunidas no protesto, que ainda teve apoio das pessoas que passavam pela rua e dos trabalhadores do entorno
Foram mais de 3 mil pessoas reunidas no protesto, que ainda teve apoio das pessoas que passavam pela rua e dos trabalhadores do entorno - Margareth Pederneiras/Divulgação

Professores, alunos e funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) fizeram uma grande marcha para protestar contra situação de abandono da instituição, nesta semana. Com salários e bolsas atrasados há quase dois meses, sem contar o 13º salário do ano passado, a UERJ enfrenta ainda a falta de verbas para manutenção no campus Maracanã e nas mais de 14 unidades espalhadas pelo estado do Rio.  

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O ato começou no Maracanã. Em seguida, seguiu em grande caminhada pela rua 28 de Setembro, onde fica o Hospital Universitário Pedro Ernesto, o centro de enfermagem e Odontologia da UERJ. Foram mais de 3 mil pessoas reunidas no protesto, que ainda teve apoio das pessoas que passavam pela rua e dos trabalhadores das lojas do entorno.  

“O ato aponta para a necessidade do governo Pezão atender o que é básico: salários, bolsas e orçamento. A crise é seletiva, estamos vendo que outros setores estão recebendo normalmente, mas a UERJ está sendo esquecida. Escolheram asfixiar a universidade, tirar presente e futuro, roubar patrimônio do nosso estado” afirma  Lincoln Tavares, diretor do Centro de Educação e Humanidades. 

Mesmo enfrentando a maior crise de sua história, a universidade que é a 11ª colocada em qualidade entre as 195 universidades brasileiras e a 20ª na América Latina, retornou às aulas em 10 de abril deste ano. 

“A UERJ ficou na mídia nos últimos meses, mas com o retorno das aulas ficou entendido que estava tudo bem, mas não está. Esse ato é importante para mostrar isso. Se as aulas estão continuando é em respeito aos estudantes e a sociedade”, concluiu Natália Trindade, membro do Diretório Central do Estudantes (DCE).

Edição: Vivian Virissimo